top of page
Search

Transferências

  • Menos 1
  • Dec 3, 2019
  • 1 min read

Precisamos de criar uma cor, que a procuremos até furar o suicídio indesejado de cada monólogo alcançável.

Tapamos a porta do quarto até que o teto nos enterra em direção ao epicentro do arrependimento. Então depois finalmente despojamo-nos pela terra batida que serve de praia para cábulas de paisagem e carcaças de insetos extintos.

Um desejo surge de costas, atropela-nos de lado até à parede que controla a o batimento cardíaco deste improviso aleatório.

Transferências retrospetivas de amianto eletrónico nesta geração da gaveta.

Uma tendência de vida que desova cobardemente até ao fundo dos piores cenários possíveis que ficaram por registar.

O novo testamento do século picotado por overdoses de androginias metrossexuais.

Um novo capítulo nasce a cada tiro instalado na jugular dos dias.

Fábricas conceptuais e nómadas que se confundem com sacrifícios imperiosos, carentes de tempo e estratégia, impedidos de descobrir o ângulo morto e as curvas respetivas.

Obrigo-te a dizer um não: direto e ensanguentado que nem um inseto desinvertebrado à chapada. Uma sequência febril de patadas que adquirem fé e certeza gradualmente pálidas, até que cheguem à zona da recepção de violência.

Um sinal sem fumo declara o processo de coreografia conjugal: uma língua descongelada para delinear o mapa virosal dos fetiches pelo rio do pescoço. Na fase de conclusão apresenta-se um pontapé nos olhos para exibir o truque de assinatura.

Quando a confusão se transforma proporcional ao êxtase, derreto-me em cima da tua perplexidade desconfiada, sem que te assustes, ou mordas a própria carne em sinal de emergência.

Entrelaçamos os dedos ainda suados para caiar o panteão de vaselina industrial; e no decorrer do apocalipse, ficamos na guarda da chuva, à espera de voltar para casa.




 
 
 

Comments


Post: Blog2_Post
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2019 by Menos 1. Proudly created with Wix.com

bottom of page