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Ritual

  • Menos 1
  • Jun 2, 2020
  • 1 min read

Sobre um mapa exumado, uma inscrição de fricções imobilizadas,

Por onde traçados se arrancam da composição

Enquanto semeiam envergaduras na mesma,

Rememoram subprodutos naturais extraídos de minerais e vegetação virgem,

Temperamentos belicosos,

Teias de esventramentos dilatados.


O cemitério que cabe neste estado de presença é o de espetros benevolentes,

Que por mero vaticínio, orgânico na tenacidade,

Transferem para o painel da visualidade:

Coordenadas histórico-espaciais,

Onde a escarificação e a mutilação se infligem à própria memória do corpo

Como sinais de graciosidade, amplitude e força;

E da falta de medo desabrocham sacrifícios de energia em proporções cataclísmicas,

Monumentais na transparência das exteriorizações

E dos procedimentos aprimorados por tentativa-erro.


Manifesta-se assim: um ritual de silhuetas panorâmicas

Que se arrastam quanto mais se interiorizam

Nos fundamentos anímicos das gentes e das costumagens;

Em sentido ascendente da cristalização,

Direcionados para novas peculiaridades complacentes,

Hirtas, purificadas, renováveis.



Artista: Jorge Cabrera


"Brasil todos os mundos"

Dimensão: 36,5X50,5

Técnica: Gravura impressa à mão

 
 
 

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