Respiração
- Menos 1
- Jun 19, 2020
- 1 min read
As avenidas e becos ocupam-se de semicadáveres alveolados,
Cujas comiserações aversivas ao medo e ao amortecimento:
Emanam Prospeções meditabundas dos que se pouco vêm ao longe,
E redescobrem um recreio que pertence à verdade onde deveriam caber
Todos os equilíbrios do mundo em breves palavras de universalidade amorífera,
Exatamente criteriosa nas repartições, moderada em toda a sua estrutura e mobilidade.
Deixa que as estruturas antiquadas se desintegrem,
Enquanto a história odiosa e de aparente negligência
Se esmaga nos passeios de cimento,
Onde as fendas da injustiça e da apatia
Caem no abismo divisório do trabalho e da ganância,
Exponencialmente apagadas.
O fôlego das futuras gerações:
Liberto para inalar paz, amor, Rock and Roll, Funk, Jazz, Rap e Scat.
Os seus corpos libertos exalam sinfonias de arte, ainda que sem nome,
A verdade é igualmente balanceada.
A torre de marfim está para sempre extinta,
E a Justiça do Estado da Arte servida à escala global.
Renova-se assim a amplidão das amotinações,
Em escalas ascendentes de febre e curiosidades empíricas,
Num redemoinho de variáveis mais instantâneas do que nunca,
Porque os elementos sazonais
Confundem-se com o decurso natural dos desassossegos,
Independentemente de qual for a calçada pisada,
Ou o amplexo mais próximo.
As mãos ergueram-se juntas para obliterar os espaços entre a humanidade.
O grito global da resolução vem com uma revolução justa
Para que as suas partículas leves brilhe, equivalentes a todos os corpos
Para que a verdade seja exposta, respirem todos em uníssono.
Inalem estas palavras juntamente com os nomes e as faces dos mortos.
(poema com participação especial de Dawn Hopkins e tradução do Inglês por Pedro Costa)

"Revolutionary Road"
Artista: Syra Trek
Comments