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Organismos móveis

  • Menos 1
  • May 24, 2020
  • 1 min read

Nas horas replicadas ao milímetro,

Inflexíveis pelo descompromisso generalizado,

A repetição torna-se um fardo indispensável aos enquadramentos

Lógicos por familiaridade;

Os gestos confundem-se com aquilo que distingue as propriedades da sanguessuga

Dos outros organismos móveis,

Com a incontestabilidade dos arquétipos quotidianos,

A cobardia incorporada nos lares mais vulneráveis.


O abraço como prenúncio de crepúsculo,

Impotente por não se poder contornar completamente.

Cada braço se compromete com a divisão entre luz e sombra,

Assim como cada um representa metade da energia total do caos em fermentação.


De modo a ensombrar-se em dileções incompletas,

O pandemónio dos dias apresenta-se sorrateiramente

Pelos pesadelos neurais das penitências em construção constante.

Há demasiado tempo que nada acontece

Sem que se saiba de antegozo quais as coordenadas exatas

Dos erros eminentes,

Das replicações permanecentes dos vícios comportamentais.


Em cada padrão:

Uma delineada quebra de unidade que provoca a tensão eficazmente anónima, Demasiado poderosa para se revelar;

Assumindo uma posição que aparenta planear um ataque surpresa,

Misterioso e benevolente, ao mesmo tempo.




Artista: Zhang Qinzhe

 
 
 

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