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O enfarte

  • Menos 1
  • Dec 12, 2019
  • 2 min read

Desistência

unilateral

...



Morte em flor,

Cancioneiro nefasto,

Autópsias em estado gasoso.

Lágrimas de petróleo reciclado, humidificam as mandíbulas suturadas a partir do punho.

Pós-modernistas a comer cigarros ao sol.

Vou possuir o teu enfarte para o bem de todxs. Aplicar-te rasteiras cronologicamente para subir ao ponto mais fundo da terra, como se assim pudesse adivinhar as fórmulas num sopro mudo e retocado ao calor da febre.

Acordamos em uníssono com a cidade à volta. Sinto que estamos prestes a ter um esgotamento gramático, e o corpo pouco sabe de assuntos disléxicos.

A infantilidade é uma arma em mau estado de preservação, esterilizada até perder a piada toda.

A nossa ideia de resgate consiste em cortar o sonho pelo cerne das recomendações fugidias. A reflexão já nem importa desde que optámos por viver sem truques de estilo. Derramam-se oceanos de lixo a desaguar pelas bocas. Dos glóbulos entornados para fora das artérias mal pregadas ao vento, aproveita-se muito pouco.

As nossas promessas revelam-se, notoriamente inválidas à partida. No ponto mais torto da escuridão, torna-se claro o patético das projeções intercomunicativas, cujo respeito, absolutamente nulo, desembarca por recomendação da própria morte em pessoa.

Os lábios transformam-se em lentes, numa graduação de incensos epidérmicos.

Aproximamo-nos em decantações simuladas, repetimos movimentos que recordam a lama das folhas húmidas, por onde as minhocas se escondem, hibernam horas que passam.

A corrente de balsas, com a mesma idade que o jardim que guardam, sujeitas a uma qualquer invasão solene e fora da noção de tempo em vigor. Desarrumadas por vontade própria, de modo a perfurar a vista em mais de setenta sítios, diferenciados nas coordenadas tridimensionais.

Tornamo-nos inconscientemente: em declarações intravenosas do espírito, de um amor que só acontece em estado sonâmbulo, injetado por entre bancos e becos, abandonados pela familiaridade de os puder rejeitar a qualquer momento possível.



 
 
 

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