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Nevoeiro

  • Menos 1
  • Jan 23, 2020
  • 1 min read

Percorremos uma floresta em maquete,

Adulterada na escala temperamental das soluções apresentadas

Ao longo desta morte lenta.


Possuímos artes distintas através do toque e do farejar

Que vive por debaixo da pele e das tensões acumuladas.


Descongelamos as folhas e as pétalas para criar nevoeiro,

Gotículas de asma derramadas pelo pedestal onde nos escondemos.


Conseguimos personificar todas as colheitas envenenadas.


Em transfusões arenosas, pelas calçadas mais húmidas,

Procriamos estados de coma auto induzido

A fim de enganar a perceção natural,

Para atravessar o tempo através da própria cabeça,

Para dividir a hipnose de forma desequilibrada pelo resto dos corpos.


No dia em que nos conhecemos,

Os peixes e todas as espécies de fitoplâncton presentes na lama

Por onde se enterraram os pés pelos minutos anestesiados:

Refugiaram-se do cheiro a morte,

Por entre as areias das margens.


Foi imediatamente ativado um protocolo de emergência

Por toda a capital de distrito e pelas respetivas ruas principais,

As adjacentes,

As perpendiculares,

E as outras.


Viram-nos indelicadxs ao longe,

Desenhadxs nos troncos irreconhecíveis,

A contrariar a corrente da água

Turva e delicada.


E quando encontrámos o funeral perfeito

Perdemo-nos pelos olhares

E pelas diferentes tentativas de intimidade desfocada,

Até que chegámos ás conclusões garantidas e ás que inventámos por suposição;

Como se estivéssemos a dar um pontapé nos nossos próprios dentes,

Ou a pedir um desejo.



 
 
 

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