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Masmorras primitivas

  • Menos 1
  • Sep 15, 2019
  • 1 min read

O novo Cristo crucificado num fraldário de espinhos de uma casa de banho qualquer, assiste à transmissão em direto de striptease robotizado, a cortar-lhe os quatro pés da cama interligados ao fluxo de sangue revestido pela escuridão do quarto absolutamente igual por uma virose apática tipo 0 k ao cubo elevado à raiz quadrada do bloqueio católico transformado em oxigénio reciclado em septuagésima mão.

Banha de cobra em estado gasoso: gradualmente infetada. É uma previsão imutável do primeiro semideus a circular em série: enlatado ao milímetro, revestido em lodo de engenharia invertida.

Uma posição ofensiva em sistematização perfeita dos músculos; o resto do batimento cardíaco é retalhado à facada, extracatalogado à espingarda, emoldurado em câmara ardente, atado com um nó pronto a rasgar. Naturalmente, a degustação do crime calcula-se incessantemente como numa paróquia pós-tropical.

Então, se a mão que treme é a mão que esfrega, a mão correta é a mão que foge; a instantaneidade constante da penumbra irresistível do mundo é para quem a ignora por amor, é de quem a finge e desenha, é de quem a transforma num ritual ininterrupto pela sua omnipresença descalibrada.

A vala comum do futuro, uma extensão de planeta indecisa entre morrer por desgaste ou de costas.


 
 
 

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