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Ignescente

  • Menos 1
  • Jul 7, 2020
  • 1 min read

Hiberno num estado de autogénese voluntária

Em direção ao arrebol aurorescente

Da letargia que se apodera das minhas faculdades fisiológicas.


O devaneio dos meus pecados é um florilégio em regeneração constante,

Onde se calibram à força: os prognósticos das corrosões condolentes

Que desabrocham dos devaneios e delíquios imoderados

Das iminências desmemoriadas automaticamente.


E o cenário mais provável é uma implosão em erupção ignescente:

Incrustada ao longo de uma catarse a longo prazo,

Que me aprovisiona de artefactos mentais para combater a ferocidade,

Impiedade e cobardia de que se tingem as adversidades

De estados crepusculares da mente, evasões hipnóticas,

Desorientações espaciotemporais, síndromes de abstinência,

Excitações psicomotoras, incoerência dos raciocínios,

Paralisias pontuais e totais dos sistemas nervosos,

Dissociações de consciência, transes heterogéneos;

Que irão para sempre calejar as metodologias das ações concretas,

Das amplitudes e dos processos do pensamento,

E integrar-se para sempre na ilusão do que irá ser revelado:

Da expetativa dos instantes, à materialização da morte.




"Coro antigo"

Artista: Frederico Pompeu

Técnica: Ilustração digital/mixed media

Ilustração originalmente elaborada a partir do poema "Coro antigo" de Antero de Quental



 
 
 

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