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Galateia

  • Menos 1
  • May 27, 2020
  • 1 min read

Redesenho a todo o momento a minha tenacidade

Que navega em cinzas florícolas

Entesoiradas nos intervalos exatos de maturação,

Para que as possa ajardinar no mundo sobre as ordens da minha vontade incontornável

De deixar as minhas afrodisias e proclamações convictamente inalteradas.


Emano-me insistentemente em uivos sublunares,

Encontrões benignos que desmascarem a falta de atenção das airosidades autênticas

Suscetíveis ás cicatrizações mais profundas

Que se incrustam dolorosamente da pele ao coração

E substituem qualquer contexto tatuado à vista desarmada.


Enquanto estátua viva

A partir do qual o universo se desenlaça,

Aguarda-me o intemperismo

Digno de uma Atlas invertida,

Cujo destino é suportar o extremo da índole subordinada ao meu organismo

Até que se desvaneça num extremo sempiterno e idiossincrático

Da raiz, ao óvulo enterrado por entre as pétalas.



Artista: Flávia Costa

 
 
 

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