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Fotomosaico

  • Menos 1
  • Nov 21, 2019
  • 1 min read

Materializamos a nossa própria prisão, num esplêndido fotomosaico virado para o longe.

Cercados por Deus, por entre o rancor e a trovoada.

A poesia torna-se um desenho que exige queimaduras internas, desentendimentos voláteis: próprios de um coração de plasma: metavulcânico e liquefeito.

Podíamos ficar aqui a arder, a comparar o tamanho dos dedos, pudessem eles crescer para nos rirmos um bocado antes do traumatismo pseudocraniano.

Lesmas de chumbo a tomar conta da sucção dos arranha céus.

Bouquets de palmeiras despenteadas, suspensas ao sol.

O fascínio desdobra-se num desgosto redobrado e ascendente.

Moldaram-me para ser o derradeiro Copérnico Ex Machina,

Perdemos anos de vida a embalsamar as tarefas cumpridas, as intermitências das vergonhas alheias, um colete de forças: quente, esverdeado e uniforme como um pântano que surge, mas que não acontece.

A nossa orgia de perfumes condensa-se numa reanimação primordial de:

boca A com a boca B


A metodologia da espuma do céu, comprimida numa escatologia violenta, com toda a tipologia de orgasmos recicláveis a que se tem direito quando vivemos por entre as interjeições de uma civilização subtilmente promíscua e deselegante na redistribuição de doenças e forças.

Um campo de minas salpicadas, pelos esconderijos submersos à condição do ser deliberadamente arriscado.

Surge como uma faca nas costas, a necessidade de fazer-se camião febril: a devastar as armadilhas do mundo: fracas, voláteis e transparentes, mas que aderem de forma inexplicável ao mapa desfocado que serviu de rascunho para que pudéssemos enforcar o prazer de se ser luz em estado puro, de uma vez por todas.


 
 
 

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