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Extorsão

  • Menos 1
  • Jun 25, 2020
  • 1 min read

Updated: Jul 3, 2020

Apodrentamo-nos por unanimidade  

Para transverter a ausência de espírito num delírio antropozoico:

Aparcelado de acordo com a ferocidade e concupiscência dos rostos cristalizados,

Após o desbaste das imperfeições aglomeradas

No decorrer das respetivas simulações preliminares de vida.  

Por entre a febre e o pânico

Desterram-se: previsões necrólatras de sociabilidade;

Retratos incompletos de apoplexia efervescente segundo ímpetos matemáticos,

As inevitabilidades da infeção dos remorsos por entre o sangue ainda quente.

E na circulação natural e incandescente das tribulações

Ao longo dos esquecimentos coloquiais:

Encontramo-nos apressadamente, irreconhecíveis por demasiado pouco,

Na umbra que nos separa do rejuvenescimento cerebral,

Onde os sentidos se anestesiam, e perdemos anos de vida ostensivamente

Numa extorsão apoteótica de imperturbabilidade,

Como se nunca alguma vez

Tivesse existido manifestações de comedimento ou equações exatas de morte.




Artista: Cochino

 
 
 

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