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Curadoria do lar

  • Menos 1
  • Jan 4, 2020
  • 1 min read

Updated: Jan 5, 2020

Já nunca parece tarde demais para demolir o teu velocímetro cardiovascular a sangue frio.


Tenho a certeza de que depois disso,

O mar fica seco e revelam-se os entulhos,

Os cadáveres abandonados,


Uma gama variadíssima de algoritmos estáticos

A cicatrizar a disposição dos elementos fósseis,


Epitáfios transformados em árvores,

Todas as composições do tronco e da sombra no lugar da pedra.


As forças de autoridade a brincar ás novas tecnologias,

Pelos atalhos de visibilidade reduzida,

Em trocas compulsivas de viatura para confundir os drogados mais amadores.


Uma passadeira manchada de sangue vacinado recentemente,

Logo depois da última lição do dia.


A família fossilizada e repartida pelas molduras da curadoria do lar.


Os carros substituem as planícies e os pássaros,

Num safari extenso,

Temperado com nascentes de alcatrão genérico.


E a neblina derrete-se pelo céu enquanto a cidade se comprime numa rua só,

E os microjardins instalados nas intermitências dos estacionamentos e das rotundas

Ocupam um quarto inteiro de uma vista inteira a partir de todas as janelas

De todas as divisões de todos os prédios

e não prédios.


Há demasiado tempo que não capturamos uma luz a sério,


E a única garantia,

é a de uma Memorabilia fúnebre,


Até que nos salte o coração da boca.


 
 
 

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