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Congregação anónima

  • Menos 1
  • Aug 2, 2019
  • 1 min read

Updated: Aug 9, 2019

Possuído em arquitetura pós-orgânica.

Enterrado numa concha polirritmada num reflexo misericordioso, a última visão é a da inundação aerodinâmica, o vortex efémero a tornar a janela do reconceito do mundo: incomunicável até ao sangue dos ossos, até aos ossos do sangue. Cruxificado no estado mais bruto da assexualidade. Haviam-lhe tirado à nascença o poder de apagar o fogo dos olhos. Dava-lhe vómitos todo aquele excesso de sensibilidade. Ofuscado pela nata prateada do esquecimento, imortalizado pela muralha enforcada numa condensação volumétrica, em contínua meteorização elegível. Esquecido contra a parede mais mórbida. Os dentes banhados em gengivas liquefeitas pelo veneno da raiva, a arrancar costas e costas de pedras de introversões simbólicas, a vigiar a pulsação do reino amaldiçoado por Deus e todas as outras peças de abstração subhumanizadas. A dormir sobre o assunto, numa tranquilidade submissa, na vigia de retrodespertadores incrustados nas vísceras que se mantiveram intactas e quentes ao passar dos eclipses.

Embebido em antídotos tresmalhados, campeão dos jogos terrivelmente encaixotados, exportados para cada ilha de assinatura. Uma aversão peculiar aos princípios físicos, acabava por revelar uma compensação vulcânica a improvisar-se ao longe. Uma ressurreição a renascer em vapor, cravada na têmpora do nojo, na espuma dos meses, o mais afastada possível de tudo, e de todos.

A pulsação conta-gotas a instruir-se através dos perfumes da penumbra semiautomática.

A simbiose tornada num processo obrigatório de projeção vascular.

Trocamos de olhares como fazem os cães,

Flutuamos numa congregação anónima,

Na sensualidade do descuido,

Na tua língua de babel rearquitectada para o delírio absoluto, indestrutível.

Originamos um núcleo proto-universal,

E eternizamo-nos em estrela de sol.


 
 
 

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