top of page
Search

Aperiódico

  • Menos 1
  • Jun 15, 2020
  • 1 min read

Incrustam-se silhuetas adentro um pesadelo repetido e familiar:

Dispostas na proporção exata para penumbrar a anatomia do sonho,

Para extrair a energia do pôr do sol a fim de criar um necrotério de assinatura;

Para se exprimirem espacialmente num estado colérico de antroposofia pesada,

Numa prostração de todas as apetências e limitações,

De todas as variáveis possíveis:

Aparceladas nebulosamente por entre o aparato das antibioses procriadas por acidente.

Torna-se evidente aos poucos:

Que este é o momento exato

Em que os diálogos entre estímulos se tornam mais instantâneos e dissimulados,

A paisagem é um deslustre aperiódico

Com um tom de grão daguerreotipado

Que envenena todo o espetro nuclear dos arrependimentos,

Necrolatrias anuláveis por falsa partida, apetições fossilizadas no medo.

E os anteprojetos tornam-se os combustíveis principais de desenvolvimento criativo,

Pode-se apreciar a museologia das apercetibilidades:

Exposta numa fase já omnipresente da comunicação

No trajeto por onde é decretada a queda obrigatória.


A partir desse ponto, basta assumir o sonambulismo como um processo inato,

Até que tudo se metamorfoseie num vácuo homogéneo de transparência,

Por onde as imagens preconcebidas se escondem,

E se concentra todo o ódio desperdiçado,

Para talvez,

Num momento de distração universal,

Originar um coma indestrutível

Em estado puro, anestético e intransmissível.




Artista: Doutor Urânio

Fotomontagem analógica

 
 
 

Comentarios


Post: Blog2_Post
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2019 by Menos 1. Proudly created with Wix.com

bottom of page