Amenhotep, o justificado
- Menos 1
- Sep 9, 2019
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Acrobata instrumental, pântano alfa, arenoso e principalmente restos de uma fantasia de campo. Hemorragia celeste, contemplo as nuvens de costas.
Previsão fotogénica, radioatividade elementar, maquilhagem permanente.
Grandiosa supressão dos prazeres habituais.
Sputnik-corpo encaixotado no espaço, vácuo morto esquecido gradualmente, filme astrolânguido desabituado ao conforto, meteorito de carne a dar a vida por história.
Missão terminada, meio por cento do preço do bilhete, deserto de um cadáver composto numa cúpula de vidro. A lágrima de um astronauta reduzida a um traje vegetativo.
Paisagem de troncos paralisados pela geada virgem; hipotermia de um sonho, o nevoeiro da fauna e do bosque, anfíbios a procriar veneno.
O diabo em pessoa concede a permissão para que da nave sobrevivente brotem dinossauras em flor, a partir de uma semente heterogénea e anónima; transportada em nome do ódio, por um mero acidente comportamental de uma espécie qualquer infiltrada numa flora doce e pegajosa.
O equilíbrio é ofuscado porque já nada interessa. As pernas murcham numa seriedade pulverizada.
Dá-te tesão ver um museu à pressa?
Proto AVC até à última peça?
A minha faca é a minha casa, onde me enterras.

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