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Agamogenética

  • Menos 1
  • May 21, 2020
  • 1 min read

Espelho-me na sensação iniludível de que esta transmutação dos reflexos desmemoriados traz-me a visão que Narciso teve da irmã gémea enflorada e submersível, como que afogada pelas patas de um camaleão amorfo: lisérgico como plasma inviolado por causalidades ergonómicas.

As distintas comunicações que em mim se desenham pelos fenómenos espácio-temporais no universo dos sonhos: invadem as mundividências tangíveis, constituem um arsenal de domínios absolutos e quadridimensionais, que se alimentam através de excisões maturescentes dos desígnios delegados a terceiros que se sujeitam a todas as dimensões da curiosidade: da abolia à abstrusidade.

Prolifero em pulsações subsónicas, com o intuito de arquitetar uma nova espécie agamogenética, isenta de agerasias anacrónicas; um sonho em ofuscação progressiva quanto mais se afasta do núcleo, do ponto de partida. O meu objetivo é esconder-me nas sombras cicatrizantes do tempo para me transformar através de elementos estéticos simulados segundo as vontades fortuitas daquilo que me é apunhalado e consequentemente absorvido.

A floração das minhas capacidades torna-se numa simulação entorpecente de imortalidade, e ergo-me confortavelmente lúcido em relação à perversão das estimulações narcóticas dos artifícios da beleza e do desprezo, em todos os microssegundos que paraliso um olhar desprevenido para o afundar na alquimia dos próprios erros, nos delírios insípidos das dúvidas auxiliares em que me embargo.




Artista: Natália Rodrigues

"Spirals"

Acrílico sobre tela

2018

 
 
 

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