Punk Jurássico
- Menos 1
- Sep 1, 2019
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Somos: silhuetas que queimam discretamente como farpas ejaculadas a partir do fogo.
Simulação de emergência e apego.
Rancores invertebrados de euforias macroindustrializados em série.
Dentes de leite catalogados em frascos uniformes.
Os cheiros que se deixam perdidos pelas casas desconhecidas.
Punk jurássico. Orgulho na vergonha recíproca.
Um exorbitante stock geracional em autodeteorização organicamente lenta, e gradualmente insuportável ao passar das decepções: organicamente nulas e aguçadas nos golpes mais rasteiros e intermináveis.
Vísceras caducadas por osmose egocêntrica.
Calor: repetidamente gelo cremado.
Intoxicação do espírito digitalmente agradável…
Conhecemo-nos bem demais…
Somos… previsíveis de forma frívola e agridoce; dependentes das noites insuficientes na causa.
A suavidade de um pontapé inaugurado nas costas.
Somos… canetas baratas enterradas nos pulsos.
Rega automática de chuvas ácidas, para germinar intrusivamente, como as ervas daninhas a atropelar a paisagem e o resto.
Somos, pelo menos: lixo acumulado no telhado do mundo para, aos poucos: esquecer o próprio equilíbrio, aterrar excessivamente ao contrário, e prosseguir em peregrinação automática segundo as leis do rancor e do fim do dia.
Só alcançando a febre: somos.

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